Em rara entrevista, mulher de Woody Allen o defende de acusações
Soon-Yi, mulher de Woody Allen, quebrou o silêncio quanto às acusações de assédio sexual contra o marido feitas por Dylan Farrow, sua meia-irmã — a filha adotiva do diretor alega que foi molestada pelo pai aos sete anos. Soon-Yi nunca se pronunciou, em 20 anos, nem mesmo depois de casar com Allen, que era seu padrasto e marido de sua mãe adotiva, Mia Farrow.
Segundo Soon Yi, as afirmações são “injustas e perturbadoras” e não passam de uma manobra da mãe, disse ela à revista New York. “Mia se aproveitou do movimento #MeToo e desfilou com Dylan como se ela fosse uma vítima. Toda a nova geração está ouvindo essa história da forma incorreta.”
Sobre o romance com o diretor, ela contou como tudo teria começado. “Eu voltei da faculdade nas férias e ele me mostrou um filme de (Ingmar) Bergman, acho que era o O Sétimo Selo, não tenho certeza. Conversamos sobre, e eu devo ter sido incrível, porque ele me beijou”.
Para Soon-Yi, seu relacionamento com Allen alimentou a investigação sobre as acusações em torno de Dylan. “As pessoas acham que estuprei e casei com minha filha menor de idade e retardada”, lamenta Allen, que intervém algumas vezes ao longo das entrevistas, feitas ao longo de meses pela revista. A mulher foi adotada no relacionamento anterior de Mia, com o maestro André Previn, e tinha 21 anos quando o relacionamento com o diretor começou.
O suposto abuso da irmã (Dylan) teria acontecido cerca de seis meses depois de Mia descobrir a traição do marido e da filha, em janeiro de 1992. Na época, ela gravou um vídeo de Dylan, então com sete anos, dizendo que o pai a havia molestado. O caso foi levado à corte duas vezes, e encerrado por falta de provas.