Nós, meros mortais, não temos o nosso funeral planejado, com direito a preparativos e até nome secreto. Mas, no caso da Rainha Elizabeth II, que já completou 90 anos – os detalhes do seu funeral são feitos desde a década de 1960, segundo uma reportagem do jornal britânico “The Guardian”.
Segundo o jornalista Sam Knight, a operação secreta é chamada “London Bridge” (Ponte de Londres, em tradução livre) e detalha perfeitamente todo o passo-a-passo do dia da morte – e dos dias seguintes, independente de onde e quando a Rainha falecer. A reportagem afirma que o tratamento do país à morte da monarca será “monumental” em comparação ao da Princesa Diana.
Na operação, o secretário particular da rainha, Christopher Geidt, será o primeiro funcionário a dar a notícia e, em seguida, entrará em contato com o chefe de governo de turno, que será acordado, se a morte acontecer de madrugada. Já os funcionários serão informados através de uma linha interna segura, com a mensagem “London Bridge caiu”.
O Centro de Resposta Global do Ministério das Relações Exteriores, que fica em um lugar secreto de Londres, vai dar a notícia aos 15 governos dos países onde Elizabeth II é chefe de Estado, assim como a outros Estados da Commonwealth, indica o jornal.
A população da Inglaterra e o restante do mundo saberão sobre o falecimento através do rádio e da televisão – inclusive, há frases prontas para o anúncio, além de músicas que poderão ser transmitidas. Os apresentadores dos noticiários vestirão roupas pretas e a programação será suspensa, já que todas as emissoras vão dar detalhes do ocorrido.
A monarca será velada no hall do Buckingham Palace, por dias (e a expectativa de visitantes é de mais de quatro milhões).
O príncipe Charles, herdeiro da coroa britânica, será proclamado rei no dia seguinte à morte, às 11h (horário local).
