Mais do que merecidamente, Marlon Brando vai ganhar uma cinebiografia sobre a sua vida e carreira. A história do ator será baseada no livro de memórias “The Way It’s Never Been Done Before”, do falecido diretor e produtor George Englund, de quem Brandon era muito amigo.
O filme atualmente está em fase inicial de pré-produção, sem diretor confirmado por enquanto.
Quem assistiu ao filme “O Último Tango em Paris”, de 1972, certamente se lembra da cena explícita e perturbadora de estupro, entre os atores Marlon Brando, de 48 anos na época e Maria Schneider, de 19.
Esses dias o filme voltou à tona mas não por um bom motivo. Trechos de uma entrevista concedida pelo diretor do longa, Bernardo Bertolucci concedida à um programa da TV holandesa, em 2013, ressurgiram e o conteúdo revela que a cena de estupro foi real. O cineasta italiano Bernardo Bertolucci admite que parte da cena não foi consensual. Ele conta que a ideia de se usar a manteiga como lubrificante foi uma ideia que surgiu entre ele e Marlon Brando, e que em nenhum momento eles avisaram a atriz Maria Schneider. “Fui horrível com Maria, porque não lhe disse o que iria acontecer”, disse Bertolucci.
Em uma entrevista de 2007 ao “Daily Mail”, Schneider afirma que se sentiu humilhada e “um pouco estuprada” durante as filmagens de “O último tango”. A atriz contou que a cena não estava no roteiro original e que foi informada sobre o conteúdo pouco antes da filmagem, mas disse que não não houve sexo real. “Marlon me disse: ‘Maria, não se preocupe, é só um filme’. Mas durante a cena, mesmo que o que Marlon estava fazendo não fosse real, eu estava chorando lágrimas de verdade”, lembrou. “Eu estava com tanta raiva. Eu deveria ter ligado para o meu agente ou ter pedido que meu advogado fosse ao set porque você não pode forçar alguém a fazer algo que não está no roteiro, mas na época eu não sabia disso.”
