Circolare

O Conselho Municipal de Paris aprovou por unanimidade, nessa segunda-feira (1), uma moção para criar um espaço público com o nome da vereadora Marielle Franco, assassinada há um ano no Rio de Janeiro.

A moção foi sugerida pelo coletivo Rede Europeia para a Democracia no Brasil (RED.Br), de alinhamento político à esquerda, porém acabou conquistando apoio da oposição de direita.

De acordo com a RED.Br, trata-se de “uma homenagem à Marielle, mas também uma forma de apoiar a luta contemporânea contra a violência e a opressão antidemocrática em todo o mundo”.

Com a aprovação da moção, o próximo passo é encontrar o local — que pode ser rua, praça ou passagem pública 4 — para batizar com o nome de Marielle Franco.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, afirmou nessa quinta-feira (14), que irá propor uma homenagem à vereadora Marielle Franco em algum local público da capital francesa.

“Marielle Franco foi assassinado há um ano. Como vereadora no Rio de Janeiro, ela esteve envolvida na luta contra o racismo, a homofobia e a violência policial. Em sua memória, proporemos ao próximo Conselho de Paris que um lugar seja dedicado a ela”, disse Hidalgo pelo Twitter.

A família de Marielle Franco foi convidada para desfilar na Unidos de Vila Isabel, que será a segunda escola a se apresentar na segunda-feira de carnaval (4 de março), pelo Grupo Especial, no Sambódromo do Rio.

A Vila Isabel vai defender o enredo “Em nome do pai, do filho e dos santos – a Vila canta a cidade de Pedro”, do carnavalesco Edson Pereira, que promove um encontro entre a coroa da escola de samba com a coroa da Família Real Brasileira.

Os parentes de Marielle, morta em março deste ano, vão vir numa ala que vai representar a emancipação e poder femininos – em especial da mulher negra, como defendia a vereadora – e dos movimentos negros de todo o país.

O papa Francisco telefonou para Marinete da Silva, mãe da vereadora assassinada Marielle Franco, pouco antes da missa de sétimo dia, celebrada na Igreja Nossa Senhora do Parto, no centro do Rio de Janeiro nessa quarta-feira (21). A filha de Marielle escreveu uma carta para Francisco, que chegou através do argentino Gustavo Vera, amigo do papa desde que este era arcebispo de Buenos Aires.

Anielle, irmã da vereadora, contou que o Papa falou com dona Mariete em um português “meio carregado”.

“Ele falou que sente muito e que está rezando pela família da Marielle”, contou. “Ela ficou em êxtase. Minha mãe é muuuuuito católica”.