Qual a verdade por trás da separação dos Beatles? Esse é um dos maiores mistérios do mundo da música.
Paul McCartney, em nova entrevista à revista GQ, afirmou que muitas vezes as pessoas o culpam pelo fim da banda.
“Suponho que quando os Beatles terminaram, talvez houvesse um equívoco de que todos nós meio que nos odiávamos”, disse ele.
“O que eu percebo agora é que, porque éramos uma família, porque éramos uma gangue, as famílias discutem. E as famílias têm disputas [internas]”.
Paul continuou explicando que a razão pela qual ele escolheu processar os Beatles -decisão pela qual ele enfrentou muitas críticas- foi impedir que todo o trabalho deles fosse de propriedade do empresário americano Allen Klein.
“Eu disse: ‘Bem, vou processar Allen Klein’, e me disseram que eu não podia, porque ele não era parte disso [do grupo]. ‘Você precisa processar os Beatles’”, disse.
Ele ainda revelou que a separação da banda o fez recorrer às bebidas alcoólicas. “Não havia muito tempo para ter problemas de saúde mental, era apenas ‘foda-se’, estava [sempre] bebendo ou dormindo. Mas tenho certeza [que isso afetou minha saúde mental], pois eram tempos muito deprimentes”.
A questão foi agravada pelo fato de muitos culparem Paul pela separação do grupo, inclusive ele mesmo. No entanto, com o tempo, ele disse ter percebido que tinha que garantir o legado da banda.
“Lembro-me de ler um artigo, uma entrevista com Yoko, que, ok, ela era uma grande apoiadora de John [Lennon], eu entendo, mas neste artigo ela diz: ‘Paul não fez nada. Tudo o que ele fez foi agendar estúdios’. E eu fiquei tipo: ‘Err? Não… E então John faz essa famosa música, ‘How Do You Sleep?’, em que ele diz: ‘Tudo o que você fez foi [a música] ‘Yesterday’. E eu: ‘Não, cara’”.
Apesar das divergências, Paul confirma que se reconciliou com Lennon e o encontrou muitas vezes antes do amigo ser morto a tiros em Nova York, em 1980. “Eu tive muita sorte nesse aspecto”.