Circolare

Ao contrário de Gilberto Gil, que afirmou que não se pronunciaria sobre o assunto, Caetano Veloso divulgou uma carta resposta a Roger Waters, músico e um dos fundadores do Pink Floid, que pediu publicamente que Caetano e Gil cancelassem o show marcado para acontecer em Tel Aviv, Israel no próximo dia 28 de julho, conforme contamos aqui.

Abaixo você confere trechos do documento.

“Quando a África do Sul estava sob o regime de apartheid, e eu soube que artistas estavam se recusando a tocar lá, concordei como que automaticamente com tal decisão.” “A complicada situação no Oriente Médio não me mostra o mesmo tipo de imagem preto-no-branco que o racismo oficial, aberto, da África do Sul me mostrava então. Eu disse a Charbel como me sentia a respeito”.

“Eu preciso lhe dizer, como disse a ele, como meu coração é fortemente contra a posição de direita arrogante do governo israelense. Eu odeio a política de ocupação, as decisões desumanas que Israel tomou naquilo que Netanyahu nos diz ser sua autodefesa. E acho que a maioria dos israelenses que se interessam por nossa música tende a reagir de forma similar à política de seu país.””Eu cantei nos Estados Unidos durante o governo Bush e isso não significava que eu aprovasse a invasão do Iraque. Escrevi e gravei uma música que se opunha à política que levou à prisão de Guantánamo — e a cantei em Nova York e Los Angeles. Eu quero aprender mais sobre o que está acontecendo em Israel agora.”

Imagem: Reprodução

Depois de Roger Water, baixista e um dos fundadores do Pink Floyd, usar uma rede social para pedir que Caetano Veloso e Gilberto Gil cancelassem o show programado para acontecer em Israel, mais um nome de peso faz o mesmo pedido.

O arcebispo da igreja anglicana, vencedor do prêmio Nobel da Paz em 1994, Desmond Tutu divulgou uma carta de apelo para que Caetano e Gil não se apresentem no show marcado para o dia 28 de julho, em Tel Aviv, Israel. Em um trecho da carta, Desmond Tutu diz: “Estou escrevendo para pedir que não se apresentem em Israel enquanto continuar a ocupação e apartheid contra o povo palestino. Quando um importante grupo musical sul-africano insistia em ignorar os apelos da sociedade civil palestina para cancelar sua apresentação em Tel Aviv, eu escrevi a eles: “Assim como dissemos durante o apartheid que era inapropriado para artistas internacionais se apresentarem na África do Sul, em uma sociedade fundada em leis discriminatórias e exclusividade racial, também seria errado a Ópera de Cape Town se apresentar em Israel.”.

Caetano e Gil, por meio de suas assessorias, afirmaram que não irão cancelar o show.

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