Madonna é capa da revista “People” deste mês e a gente adora quando a cantora estampa alguma publicação porque ela geralmente “abre” toda a sua vida e nos deixa atualizados.
Ao lado de seus seis filhos -David Banda, Mercy Hames, Estere, Stelle, Lourdes e Rocco, ela falou sobre sua vida como mãe, sobre as dificuldades do processo de adoção e sobre como ela vem salvando vida de crianças africanas através de seu projeto “Raising Malawi”.
Para a revista, Madonna falou sobre como resolveu ajudar o país – foi na época do álbum “Confessions on a Dance Floor” e tanto sua carreira quanto sua vida pessoal estavam ótimas.
“Eu senti como se estivesse em um campo de concentração. Não havia camas suficientes, todos estavam muito magros e as pessoas estavam morrendo – de AIDS, de malária, de desnutrição. Eu tinha filhos [Lourdes Maria e Rocco] e estava olhando para todas essas crianças que se tornariam órfãs ou já eram. Pensei que havia um outro significado mais profundo, um motivo para eu estar lá – para, novamente, ajudar pessoas marginalizadas por uma doença que ninguém queria falar na África. A propagação do HIV prevalece porque ninguém fala sobre sexo ou pratica sexo seguro – essas coisas são tabu.”, disse sobre a primeira vez que visitou o Malawi, em 2006.
Um dos momentos mais difíceis para Madonna foi durante sua primeira adoção, de seu filho David Banda, que vivia em uma orfanato em Lilongwe, capital de Malawi. Quando bebê, ele lutou contra uma pneumonia e malária. No meio disso tudo, a mídia foi muito dura com ela em relação a adoção. “Todos os jornais disseram que eu tinha sequestrado ele. Na minha cabeça, eu pensava ‘um minuto, estou tentando salvar a vida de alguém’. Eu fiz tudo de acordo com a lei. Esse foi um momento muito difícil para mim. Eu chorava antes de dormir”, conta Madonna.
Na mesma época, ela também conheceu Mercy James, mas o processo para sua adoção foi mais complicado. Como Madonna havia se separado do cineasta Guy Richie, o governo do Malauí lhe disse que ela “não teria capacidade de criar uma criança”, retrato de um país atrasado. “A maneira que me trataram – a mais sexista – foi ridícula”, lembra Madonna, “tive alguns momentos muito ruins, mas sou uma sobrevivente.
Sobre a adoção das gêmeas Estere e Stella, realizada em fevereiro, ela contou que todo o processo foi rigoroso, talvez pelo fato dela ser famosa.
“Porque eu sou uma figura pública, as pessoas não querem que percebam que elas estão me dando algum tipo de tratamento especial, então eu tenho que seguir o caminho difícil”.