Circolare

Quando a gente acha que já viu de tudo…

Olha só o trabalho desta ONG. A “Open Biome” inovou – e chocou- ao oferecer até 13 mil dólares por ano para quem doar fezes. Oi?

Você não leu errado, é isso mesmo. O material (ou seja, o cocô) será utilizado para o tratamento de pacientes com infecção causada pela bactéria Clostridium difficile. Essa doença existe e é séria. Nesses casos, o tratamento indicado é a administração de fezes saudáveis processadas no estômago do paciente, por meio de endoscopia, tubos nasais ou cápsulas.

Encontrar doadores saudáveis não é a tarefa mais fácil, por isso a OpenBiome foi criada em 2013 e já entregou cerca de 2 mil tratamentos em 185 hospitais norte-americanos.

Em entrevista, o cofundador da OpenBiome, Mark Smith, disse, brincando é claro: “É mais difícil se tornar um doador do que entrar no MIT”.

Bill Gates investiu na criação de um equipamento que transforma excrementos humanos em água potável e eletricidade – é isso mesmo, cocô em água.

A máquina, chamada de Omniprocessor, foi desenhada e construída pela Janicki Bioenergy, que recebeu recursos da Fundação Bill & Melinda Gates.

Se você ficou com nojo dessa novidade, não fique. O próprio bilionário testou , e aprovou,  a engenhoca, bebendo um copo de água que até cinco minutos antes eram parte de fezes.

De acordo com os criadores da máquina, ela é capaz de criar 86 mil litros de água por dia, e 250 kw de eletricidade, a partir de dejetos de 100 mil pessoas.

Mas, como funciona? A máquina aquece o excremento a uma temperatura de 1.000ºC para extrair sua água, a qual é submetida a outros tratamentos para se tornar potável.

O excremento desidratado pode ser queimado, produzindo calor suficiente para gerar energia elétrica necessária para a extração da água. O excedente pode ser vendido a usuários externos, assim como a água.