Nike sofre boicote por campanha com jogador de futebol americano Colin Kaepernick
Lembra quando atletas da NFL, principal liga de futebol americano dos Estados Unidos, se ajoelharam durante a execução do hino nacional, em protesto pela injustiça racial no país, em setembro do ano passado?
O protesto foi liderado por Colin Kaepernick, ex-quarterback do San Francisco 49ers e que, agora, foi contratado pela Nike para a campanha comemorativa dos 30 anos do slogan “Just Do It”. O tiro saiu pela culatra. Assim que Kaepernick divulgou no Twitter sua participação, iniciou-se um intenso movimento de boicote contra a empresa.
Após o anúncio, as hashtags #BoycottNike e #JustBurnIt foram parar nos trending topics do Twitter. Consumidores irritados chegaram a postar fotos e vídeos queimando tênis e outros produtos da Nike para protestar contra o uso do jogador em sua campanha.
A polêmica afetou o mercado, fazendo com que as ações da Nike caíssem 3% no pregão desta terça-feira. Até a última sexta, a valorização dos papéis da empresa em 2018 era de 31%.
“Acreditamos que Colin é um dos atletas mais inspiradores de sua geração, que alavancou o poder do esporte para ajudar o mundo a evoluir. Queríamos energizar seu significado e introduzir o ‘Just do It’ em uma nova geração de atletas”, disse Gino Fisanotti, executivo da Nike, à “ESPN”.