Circolare

Imagina um clube não aceitar Gisele Bündchen como sócia. Isso que pode acontecer nos Estados Unidos e é mais normal do que você imagina. A modelo e seu marido, Tom Brady, querem se associar ao Country Club de Brookline, em Boston e o tal clube demorou dois anos aceitá-los (muito famosos para o seleto local).

Tom e Gisele compraram uma mansão ao lado do clube, no bairro de Chestnut Hill e, claro, queriam se associar ao clube, que podem ir a pé, Tom jogaria golfe, que é seu segundo esporte preferido, além das quadras de tênis, trilhas para esqui cross-country, pistas de curling e até uma lagoa para patinar no gelo.

O Country Club tem 133 anos de existência e a primeira regra é:

“Um sócio do Country Club de Brookline nunca fala do Country Club de Brookline quando está fora do Country Club de Brookline”.

Jornalistas da cidade costumam comentar que a lista com os nomes de seus 1,3 mil membros é mais secreta do que o código nuclear dos Estados Unidos.

Agora, Gisele, Tom e os seus filhos, são os mais novos sócios do tradicional Country Club de Brookline.

Desde 2009, o médico patologista Ricardo Tapajós, solicita a inclusão do parceiro dele, Mário Warde, e de sua filha como seus dependentes no tradicional clube Athletico Paulistano, nos Jardins.

O pedido foi negado em agosto de 2010 e depois disso, alegando ser vítima de discriminação, o casal foi à Justiça para exigir os seus direitos. Em fevereiro deste ano a justiça deu a vitória ao médico e determinou que o clube incluísse seu parceiro e a filha como dependentes em seu título familiar. O clube recorreu.

Em novembro deste ano, a justiça novamente julgou “considera-se não estabelecida a diferenciação entre família heteroafetiva e família homoafetiva na redação do art. 1.723 do Código Civil”, assim, o parceiro de Ricardo se torna seu dependente no clube.

Circolare adora um final feliz!

Imagem: Reprodução