Circolare

O colunista Juan Arias, do jornal El País, sugeriu a entrega do prêmio Nobel da Paz aos bombeiros que participam das buscas e do resgate de vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, Minas Gerais.

A ideia foi abraçada por milhares de brasileiros que apoiam o jornalista.

“Foram eles, anônimos, mal pagos, que não hesitaram em colocar as próprias vidas em perigo para salvar a de outros. Foram eles que nos ofereceram um pouco de oxigênio quando começávamos a desconfiar de tudo e de todos”, diz um trecho da matéria.

Arias ainda relembra que o Brasil nunca levou um Nobel para casa. A Argentina possui 5, México 3, Colômbia e Guatemala, dois cada, Venezuela e o Peru, um cada.

No texto, ele também cita o atraso no pagamento de salários de servidores no estado, o que inclui os agentes.

A Rainha Elizabeth publicou mensagem de pesar e apoio às vítimas de Brumadinho.

Nas redes sociais, a monarca lamentou o rompimento da barragem Mina do Feijão, que deixou 100 mortos e 257 desaparecidos na cidade mineira.

“O Príncipe Philip e eu ficamos profundamente tristes de saber da devastação e perda de vidas causadas pela barragem que se rompeu em Brumadinho”, publicou no perfil oficial da família real no twitter.

Em outra tuite, a rainha declarou que está orando os atingidos pela tragédia. “Nossos pensamentos e orações estão com todos aqueles que perderam entes queridos e aqueles cujos lares e meios de subsistência foram afetados”, disse na mensagem.

Animais presos no lamaçal, feridos ou ilhados, depois da ruptura da barragem da Vale, em Brumadinho, Minas Gerais, estão sendo sacrificados a tiros. Na segunda-feira 28, de dentro do helicóptero, um policial mirava seu fuzil na direção dos animais e disparava.

O jornal “Estado” acompanhou o trabalho dos agentes. Ouviu-se mais de 20 disparos até que o helicóptero se retirasse da área.

“O procedimento de sacrifício (eutanásia) dos animais, objeto deste questionamento, foi realizado com o atendimento de todos os protocolos de segurança aplicáveis ao caso, a pedido e sob a coordenação de uma veterinária, integrante do Conselho de Veterinária de Minas Gerais e supervisionado pelo comando das operações de resgate.”, informou a Polícia Rodoviária Federal.

Ainda para o jornal “Estado”, o chefe da Defesa Civil do estado de Minas Gerais, o coronel Evandro Geraldo Borges, declarou que é preciso fazer escolhas e diante de animais presos na lama ou com patas quebradas não há outra opção, senão a de efetuar o tiro de misericórdia. A prioridade é o resgate de pessoas, pontuou o coronel Borges.