Circolare

Durou pouco a alegria de James Franco…Após ganhar o prêmio de melhor ator em comédia ou musical no Globo de Ouro, mulheres o acusaram de assédio sexual. A primeira pessoa que se manifestou contra o ator  foi Ally Sheedy (Clube dos Cinco). A atriz trabalhou com Franco em uma peça no ano de 2014. “James Franco venceu. Por favor nunca me perguntem por que eu deixei a indústria cinematográfica e televisiva”.

A atriz Violet Paley escreveu no Twitter: “Broche fofo do #TIMESUP, James Franco. Lembra da vez em que você abaixou a minha cabeça no carro em direção ao seu pênis exposto & da outra vez em que você chamou uma amiga minha para ir para o hotel quando ela tinha 17 anos? Depois que você já tinha sido pego fazendo isso com outra garota de 17 anos de idade?”.

Outra atriz, Sarah Tither-Kaplan, também escreveu: “Ei, James Franco, legal o broche do #timesup no #GlobodeOuro, lembra quando, algumas semanas atrás, você me disse que o nu total você me levou a fazer em dois dos seus filmes por US$ 100 por dia não era exploração porque eu assinei um contrato? Times up para isso!”.

Imagem: Reprodução

Depois da acusação que dominou os tabloides essa semana em torno de Kevin Spacey, outro ator de Hollywood está dando o que falar.

Dustin Hoffman foi acusado de assediar sexualmente uma jovem de 17 anos. Anna Graham Hunter, hoje com 49 anos, contou ao “The Hollywood Reporter”, o episódio que aconteceu em 1985, quando era estagiária de produção do set de filmagens do longa “A Morte do Caixeiro Viajante”, no qual o ator era protagonista.

“Ele me pediu para fazer massagem em seus pés no meu primeiro dia. Eu fiz. Ele flertava abertamente, agarrou minha bunda e falava sobre sexo para mim e na minha frente. Numa manhã eu fui até seu camarim para fazer seu pedido de café da manhã. Ele olhou para mim e sorriu. E então disse, ‘Eu vou querer um ovo cozido e um clítoris macio’. A equipe deu muita risada. Eu fiquei sem palavras. Então fui ao banheiro e chorei”, revelou ela.

Dustin, em resposta a tal acusão, alegou ter respeito pelas mulheres e que tal atitude não reflete sua personalidade. “Eu tenho o maior respeito pelas mulheres e me sinto horrível que algo que eu possa ter feito poderia ter colocado-a em uma situação desconfortável. Me desculpe. Isso não reflete quem eu sou”.

Aproveitando as dezenas de denúncias contra Harvey Weinstein por assédio sexual, a cantora e atriz islandesa Björk publicou em seu Facebook que foi assediada sexualmente pelo diretor Lars von Trier no set de filmagens de “Dançando no Escuro”.

” Inspirada pelas mulheres ao redor do mundo que estão testemunhando online [sobre abusos sexuais sofridos], contarei minha experiência com um diretor dinamarquês. Como venho de um país que é um dos lugares do mundo onde existe maior igualdade entre os sexos e por causa da forte independência que conquistei duramente no mundo da música, logo ficou claro para mim, quando fiz minha estreia como atriz, que minha humilhação e papel como ser sexualmente assediado era a norma para aquele diretor e a maior parte de sua equipe, que permitia essa situação e a encorajava. Percebi que é algo universal o fato de que um diretor pode tocar e assediar suas atrizes à vontade e que a instituição do cinema permite isso. Quando resisti aos repetidos avanços do diretor, ele ficou irritado e me puniu e criou uma ilusão para a equipe onde eu fui enquadrada como a ‘difícil’. Por causa da minha força, minha equipe e porque não tinha nada a perder e não tinha ambições no mundo da interpretação, fui embora e me recuperei dentro de um ano. Tenho medo que outras atrizes que trabalharam com esse diretor não tenham conseguido se recuperar. O diretor estava ciente deste jogo e tenho certeza que seu filme seguinte foi baseado em sua experiência comigo. Porque eu fui a primeira a me posicionar e a não deixar ele conseguir o que queria. Na minha opinião, a relação dele com as atrizes melhorou após ser confrontado por mim, então há esperança. Torço para que esta declaração apoie atrizes e atores ao redor do mundo. Vamos acabar com isso [com os assédios]. Há uma onda de mudança no mundo ”

Björk recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Canção pelo filme.

Depois do “New York Times” fazer uma matéria relatando que o poderoso produtor de Hollywood, Harvey Weinstein, ganhador do Oscar pelo filme “Shakespeare Apaixonado” e cofundador da Miramax e da The Weinstein Company, fez pelo menos oito acordos com mulheres envolvendo “assédio sexual e contato físico indesejado”, ele pediu desculpas e disse que está se despedindo de sua empresa e em busca de terapia.

“Considero que o modo como me comportei com colegas no passado causou muita dor e peço minhas sinceras desculpas por isso”, disse.

“Embora esteja tentando fazer o melhor, sei que o caminho será longo. Meu caminho agora será conhecer e dominar os meus demônios. Planejo tirar um tempo livre da minha empresa e cuidar deste problema primeiro”.

A reportagem citou Ashley Judd dizendo que, há 20 anos, ela teve uma reunião com Weinstein em seu quarto de hotel de Beverly Hills. Ele teria perguntado se ele poderia dar uma massagem ou se ela poderia vê-lo tomar banho.

Depois da denúncia da figurinista da Globo Susllem Meneguzzi Tonani contra José Mayer, um grupo de atrizes da Globo saiu em campanha no Instagram contra o assédio. “Mexeu com uma, mexeu com todas.

Chega de assédio”, diz o post de Bruna Marquezine, Sophie Charlotte, Tainá Muller, Drica Moraes,  Camila Queiroz, Luísa Arraes e Alice Wegmann, ex-colega de elenco de José Mayer em “A Lei do Amor”. Elas chegaram a vestir uma camiseta com as frases.

Taylor Swift revelou que foi abusada sexualmente pelo DJ David Mueller, em 2013, em Denver, no Colorado.

Em depoimento recente às autoridades, a cantora contou:  “Quando fomos posar para a foto, ele colocou sua mão em meu vestido e agarrou minha bunda, e não importa o quanto eu deslizava, ele ainda estava lá… foi totalmente intencional. Eu nunca estive tão certa de nada em toda a minha vida”.

O DJ, além de ser acusado pela cantora, também foi denunciado pela emissora de rádio em que trabalhava, a KYGO.

Bill Cosby, muito conhecido pelo seriado de grande sucesso nos anos 80 “The Bill Cosby Show”, anda sofrendo sérias acusações.

O ator e comediante foi acusado de estupro e abuso sexual por várias mulheres. As primeiras sã de 2004, quando Andrea Costand e Tamara Green moveram processos contra Cosby e se uniram a mais 12 que preferiram  o anonimato. Em 2006, por meio de um acordo financeiro, os processos foram encerrados.

Agora, mais duas mulheres vieram a público acusar Bill Cosby de assédio sexual e estupro. A atriz Louise Moritz e a psicoterapeuta, atriz e personal trainer Carla Ferrigno, mulher de Lou Ferrigno se juntaram à lista.

Marty Singer, advogado de Cosby, contestou as acusações. “Chegamos ao ponto do absurdo. As histórias estão ficando ridículas. Acho que as pessoas estão surgindo com essas histórias selvagens para justificar por que elas esperaram 40, 50 anos para divulgar essas acusações ridículas”, disse.

Se é mentira ou não, o ator teve um shos cancelado em Las Vegas e a Netflix decidiu adiar a exibição de um show inédito de stand-up, que seria exibido a partir do dia 27 de novembro.