Torneio de tênis de Cincinnati adia semifinais em protesto contra racismo
Em apoio aos protestos contra o racismo nos Estados Unidos (contra o ataque policial ao afro-americano Jacob Blake), as principais entidades de tênis adiaram os jogos previstos para serem disputados nesta quinta-feira, em Nova York. A cidade sedia o Torneio de Cincinnati (Masters 1000 na versão masculina e Premier 5, na feminina) de forma excepcional, devido à pandemia do novo coronavírus.
“Como esporte, o tênis está assumindo coletivamente uma postura contra a desigualdade racial e a injustiça social, que mais uma vez estão em evidência nos Estados Unidos. A USTA, a ATP e a WTA decidiram reconhecer este momento pausando o torneio nesta quinta-feira, dia 27 de agosto. Os jogos serão retomado na sexta-feira, 28 de agosto”, afirma comunicado assinado pela Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), pela Associação do Tênis Feminino (WTA) e pela Associação de Tênis dos EUA (USTA).
A decisão veio poucas horas após a tenista japonesa Naomi Osaka decidir desistir do torneio após avançar às semifinais. “Como muitos de vocês devem saber, eu estava escalada para jogar a semifinal amanhã (quinta). Entretanto, antes de ser uma atleta profissional, sou também uma mulher negra. E, como mulher negra, eu sinto que tem coisas mais importantes e que merecem atenção mais imediata do que me ver jogar uma partida de tênis”, escreveu Osaka em suas redes sociais.
A decisão da ATP, WTA e USTA seguem movimento iniciado pela NBA, que adiou seus três jogos dos playoffs agendados para esta quarta.
Jogos também foram suspensos na principal competição de beisebol do mundo, a Major League Baseball (MLB), e na Major League Soccer – cinco dos seis jogos do torneio de futebol foram adiados
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