Herdeiras fashionistas

10/12/2010 - 15:00 | Por: Circolare

A hypada empresária Chris Bicalho, dona da agência B360, especializada em viagens de luxo e tudo o que tem de melhor pelo mundo, restaurantes, hoteis, baladas, deu a dica de cinco lojas de herdeiras que resolveram entrar no mundinho fashion:

“Comandadas por cinco mulheres, cinco boutiques em cinco cidades do mundo. Cinco segredos que vale a pena dividir, para você curtir e anotar no caderninho. São multimarcas, mas são mais que isso também. Elas ultrapassam a ideia de “concept store”, voltam a operar em esquema ‘portinha’, onde a cliente entra com pose de amiga da dona, maior ti-ti-ti com chá e biscoitinhos. Saudosismo bom, ambiente super cozy, maior barato.

E nem só de super grifes são povoadas as araras, muito menos de peças caras. Tem muita novidade, em cena designers que nunca ouvimos falar e coleções limitadas, feitas para poucas e boas. O que tem de antigo, de label, é tão único e tão clássico que nem por um minuto cheira a vintage.

Delícia saber que a chance de esbarrar na rua com um batalhão vestido igual a você é nula, não? Ou você é do tipo que, sim, madruga na fila para comprar Lanvin para H&M e não está nem aí para o fato de dobrar a esquina e dar de cara com dez, vinte garotas com o mesmo look que o seu? Cada um na sua – eu na delas, na onda das sete garotas que estão mandando ver na cena fashion pós fast fashion. Quem são e aonde estão? Check it out, ladies.

Rick Lane 127, Londres (bricklane127.shutterfly.com) A dona do pedaço é a mezzo italiana, half dutch Elisa Pensa, que vem garimpando  peças de Balenciaga e Margiela que a gente passou a vida ouvindo da vendedora “desolée, c’est fini”.

Grassy, Madrid (grassy.es) Outra joalheria das boas, operando em caráter artesanal em tempos de escala industrial. Taí o novo luxo, palavra tão em desuso nos dias de hoje. A ex-arquiteta Patricia Reznak trouxe de volta o tradicional endereço madrileño onde nos anos 50 as chiques encontravam as joias que combinariam com suas bolsas Loewe.

Re(f)use, Roma Quem toca a cena aqui é Ilaria Fendi, uma das herdeiras da Fendi. Em cena, joias e roupas, móveis e objetos feitos de materiais reciclados. “Sim, eu sei que a ideia de reciclar materiais é barata, mas eu sou uma Fendi”. Nem precisa falar mais nada, né? Must have: as bolsas feitas em parceria com Carmina Campus e as artesãs da África sub-saariana.

Rika, Amsterdam (rikaint.com) As garotas anti-brand amam, na capital holandesa toda it girl veste algo assinado pela sueca Ulrika Lundgren. A loja vive lotada, não raro dar de cara com Lara Stone comprando. O porquê do sucesso? Sabe aquelas blusas que já vêm surradas e caem no seu corpo com uma leveza absurda? Por aí…

Galerie Elsa Vanier, Paris (elsa-vanier.fr) A nova meca da haute joaillerie independente francesa se orgulha de vender apenas peças únicas, exclusivas, nada de produção em série por aqui. Quem garante é madame Vanier, que apresenta apenas 20 criações por ano em sua loja de Saint-Germain.

The Spotted Pig (thespottedpig.com) – o lugar é difícil, vive lotado, clientes chegam a jantar em pé e tudo. Mas agora topa reservas. Desde que você feche o terceiro andar inteiro. E por que não?”

Texto: Texto cedido por Chris Bicalho

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