Destino: Islândia
Teresa Perez e Circolare dão a dica para quem quer viajar para a Islândia e saber quais melhores lugares para ficar, comer e passear. A segunda maior ilha europeia – após a Grã-Bretanha – foi descoberta por vikings no século 9. A partir de então, serviu de trampolim para a exploração de novas terras a oeste. Assim, a terra do gelo foi a plataforma de ataque para que Eric, o Vermelho, descobrisse a Groenlândia, a terra verde.
Por ser tão perto do Círculo Polar, é um dos pontos onde é possível observar a aurora boreal – um dos espetáculos mais deslumbrantes da natureza, que acontece entre setembro e março. Outra das maiores características do país é a quantidade de luz natural, que varia drasticamente por temporada e resulta no sol da meia-noite – período do verão em que o sol não se põe, ou apenas se põe rapidamente, por poucos minutos, sem permitir uma escuridão total. Nos equinócios de março e setembro, os dias e as noites são de cerca de igual comprimento, como no resto do mundo. Já em dezembro, são quase 20 horas de escuridão.
País rico em cultura e história, a discreta Islândia tornou-se notícia no mundo em 2010, quando a erupção do vulcão Eyjafjallajökul (pronuncia-se êiá-fia-la-yo-kul) resultou no fechamento da maior parte dos aeroportos europeus, causando um caos aeroviário sem precedentes.
Antes do desastre natural, em 2008 – com muito menos atenção da mídia internacional – a Islândia converteu-se no foco de atenção para os movimentos sociais progressistas do mundo inteiro já que os três únicos bancos – privatizados ou privados – colapsaram em consequência da crise nos Estados Unidos. Para surpresa tanto dos observadores mundiais quanto dos próprios islandeses, manifestações foram realizadas frente ao Parlamento com milhares de participantes. Em poucas semanas o Governo caiu e o diretor do banco central renunciou.
A crise levou à necessidade de redigir uma nova Constituição. Para tanto, algo inovador foi posto em prática. Ao invés de deixar o trabalho na mão dos políticos, 25 cidadãos apartidários foram eleitos para representar a população e, assim, escrever uma constituição atual e plausível com o cenário presente – o texto antigo era de 1944, quando a Islândia conseguiu a independência da Dinamarca.
Essa é a Islândia: no céu, o espetáculo de luzes e cores da aurora boreal; na água, visibilidade de mais de 100 metros de profundidade em um mergulho que acontece entre as placas tectônicas que separam a América e a Eurásia; na terra, paisagens deslumbrantes, únicas, aos pés de vulcões – extintos e em plena atividade – onde a natureza desafia sistematicamente a admirável resiliência humana; e um povo altamente educado e civilizado, capaz de impor seus desejos e necessidades.
Passeios
Reykjavík – Museus, ladeiras, praças e monumentos históricos, casas coloridíssimas, arquitetura arrojada, além de dezenas de restaurantes e lojas concentradas nas ruas Laugavegur e Laekjargata. A noite começa a partir das 22h e vai longe – mas prepare os casacos! No inverno, a temperatura média é de 0,4°C negativo e no verão, não passa de 11,2°C. Ali, ferve uma cidade animada, com bares lotados de gente bonita e restaurantes com muito caráter. Parques e lagos salpicam a faixa urbana com algumas boas atrações, como a igreja Hallgrímskirkja e o complexo turístico de Perlan, de onde se tem grandes vistas do entorno. Outra atividade bem popular é desfrutar das muitas piscinas termais, que são, na prática, um importante aspecto da vida social dos islandeses.
Vicking Maritime Museum – Instalado em uma antiga fábrica, o pequeno Museu Marítimo dos Vikings celebra o patrimônio marítimo do país, focando nos roubos dos piratas nórdicos que transformaram a economia da Islândia. Grande parte da informação está apenas em islandês, mas as imagens do cinema mudo das tripulações em ação valem a visita.
National Museum of Iceland – O Museu Nacional da Islândia tem uma exposição permanente imaginativa, que traça a história do país a partir do primeiro assentamento até o presente. Há também exposições temporárias, a maior parte remontando a história nórdica e islandesa.
Thingvellir National Park – O Parque Thingvellir é uma área conhecida por suas formações de lava, além de ser um dos únicos lugares do mundo onde é possível observar o distanciamento entre as placas tectônicas. A cada ano, milhares de pessoas visitam o sítio mais histórico da Islândia – uma verdadeira joia da natureza. O passeio inclui uma visita ao The Geyser, que deu nome a todas as erupções de água quente do mundo. O parque foi declarado Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade pela Unesco em 1972.
Blue Lagoon – Um dos pontos turísticos mais procurados da Islândia, a Blue Lagoon é um spa geotermal, com águas quentes vindas do centro do Terra. Além dos tratamentos imperdíveis, os visitantes podem saber um pouco mais da história do local em visitas guiadas por especialistas.
Restaurantes
3 Frakkar – Esta restaurante familiar na antiga Reykjavík Central foi inaugurado pelo chef Ulfar Eysteinsson em 1989. Popular entre os locais e descaradamente islandês, 3 Frakkar acomoda apenas 44 visitantes em sua acolhedora, old-school, sala de jantar enfeitada com peixes de madeira e cabeças de carneiros nas paredes. O restaurante serve pratos indígenas e populares, incluindo bacalhau, cabeça de peixe frita e conserva de peixe com pão preto. Especialidades mais exóticas incluem baleia regada em pimenta com toques potentes de uma bebida alcoólica local chamada Black Death.
Fish Market – Situado num edifício histórico de estrutura de madeira no centro da cidade de Reykjavík, este icônico restaurante está instalado em uma casa de arquitetura islandesa clássica com elegante decoração asiática. Bambu, luzes baixas e detalhes em preto contrastam com as vigas de madeira da estrutura de dois andares. Os ares asiáticos do restaurante combinam com seu menu: especialidades tradicionais islandesas são recriadas em forma de sushi, sashimi e pratos de marisco com toques asiáticos pela célebre chef Hrefna Saetran.
Fish Company – Apesar do nome Fish Company (Fiskfelagid), o restaurante serve pratos tanto do mar quanto da terra – tudo com um toque internacional e espírito aventureiro. O menu de fusão é baseado em ervas e temperos selecionados de todo o mundo, desde o skyr do próprio país até o jamón serrano da Espanha, passando pelas especiarias indianas e o chimichurri argentino.
Hotel
Alda Hotel – O Alda Hotel fica localizado na principal via de compras de Reykjavík, o que possibilita fácil acesso para toda a cidade. Logo na entrada, percebe-se o seu estilo moderno em amplos ambientes. Seus 65 quartos são espaçosos e seguem uma escala de cores que alterna tons terrosos e creme. Com vista para o mar, as montanhas, ou para as belas construções da cidade, todos os hóspedes se sentem totalmente descansados aqui após um dia de passeio pela natureza da Islândia, ou na cidade.
ON Luxury Adventures Hotel – A aura de aventura que cerca a Islândia é um dos ingredientes que ajudam a formar um dos países mais singulares do planeta. O ION Luxury Adventures Hotel se inspira nessa conhecida faceta do país para oferecer uma grande variedade de experiências, na região do Parque Nacional Thingvellir. Ao mesmo tempo em que garante o máximo de tranquilidade em meio a paisagens que fazem jus à fama de “terra do fogo e gelo” da Islândia, o hotel expande os conceitos de exploração ao preparar terreno para atividades como caminhada por geleiras, pesca, kaiaking e passeios a cavalos pelas montanhas da região.