Daniela Serpieri compartilha sobre Nova Zelândia e Australia by Just Married
Esta semana, o Just Married traz uma entrevista super interessante com a Daniela Filomeno Serpieri, travelholic e editora editora chefe do site Viagem e Gastronomia.
Confira abaixo as melhores dicas da Oceania, um lindo destino a ser considerado para a sua lua de mel.
Qual o roteiro dessa viagem linda e exótica que fizeram?
Tenho paixão pela Oceania, focamos nas principais cidades da Austrália e duas na Nova Zelândia, pois tínhamos apenas 20 dias. Na Austrália, fomos para Melbourne, a capital cultural; a encantadora e incrível Sydney e mergulhamos na Grande Barreira de Corais. Já na Nova Zelândia, optamos por Queenstown, na ilha sul, uma das cidades mais impressionantes do mundo; e Taupo, na ilha norte.
Vocês já viajaram o mundo! Por que decidiram por este roteiro?
Já é a segunda vez que vou para lá. A Nova Zelândia é um país encantador por sua natureza intocada, com paisagens de tirar o fôlego – e queria muito conhecer a ilha sul, só conhecia a norte. A ilha norte é completamente diferente, com paisagens vulcânicas e atrações exóticas. Já a sul, é destino de aventura, com muitos esportes radicais e com uma legislação que faz com que a segurança seja prioridade. Ou seja, se é para praticar esporte radical, lá é o lugar.
Já a Austrália, é um país que muito se assemelha ao Brasil, tem praias lindas, cidades fervilhantes e gastronomia deliciosa. É um programa completo.
Qual agência de viagens você utilizou?
Eu tenho uma parceria super bacana com a GSP Travel que também executa os roteiros personalizados que faço. Boa agência é aquela que consegue realizar da forma que imagina, no custo que precisa e no tempo que pode. Tem sido assim.
Quais hotéis você recomenda?
Em Queenstown, alugamos uma casa, que é incrível para quem for em família ou grupo maior de amigos.
Em Taupo, ficamos no Huka Lodge, um hotel dentro do parque nacional da Huka Falls, às margens do rio. Ele é como uma casa de campo, com serviço personalizado. Cada dia a refeição é servida em um ambiente, sendo que um deles é uma sala onde a Rainha Elisabeth já jantou. É encantador e aconchegante.
Na Austrália, o Park Hyatt Sydney tem vista para a Opera House e Sidney Harbour Bridge. Fora a sua localização no The Rocks, que dá para fazer muita coisa à pé.
Já em Melbourne, ficamos também no Park Hyatt Melbourne, super bem localizado.
Qual foi o ponto mais incrível da viagem?
O passeio de helicóptero para o Fiordland National Park foi um dos passeios mais incríveis que fiz na vida. Fui sem expectativas até porque é um passeio que todo mundo faz até Milford Sounds, cenário do filme Senhor dos Anéis.
Lá chega de helicóptero ou com pequenos aviões, a partir de Queenstown, que tem voos regulares. Começa com um pouso no topo de um Glacial, depois faz um rasante na costa cheia de focas à beira mar e entra entre as montanhas até chegar nos fiordes.
Os fiordes são enormes vales, de montanhas pontudas e vales profundos, tomadas pela água do mar. Eles são formados pela erosão glacial. O resultado? Uma beleza natural impressionante, com paisagens de tirar o fôlego e águas calmas para se navegar.
Quando pensa que acabou, ainda pára no topo das montanhas para ver as lagoas formadas pelo degelo glacial e finaliza com um piquenique nesta paisagem impressionante. Incrível!
Experimentou alguma comida típica diferente?
Ir a um país e não experimentar a comida local é não entrar em contato com a cultura. Faço questão de ir a mercados tradicionais, visitar feiras e comidas de rua. Na ilha norte da Nova Zelândia fizemos um interessante almoço maori, os nativos neozelandeses.
Eles cozinham ingredientes frescos, como legumes, carnes, frutos do mar, em bolsas imersas em buracos de águas borbulhantes, nas geotermais no meio da caldeira de Rotorua. A água tem temperatura de 98ºC e cozinha muito rapidamente a comida. Ela é saudável e fica bem saborosa. Fora a experiência de almoçar no meio de uma área de vulcão ativo, a Geothermal Ngãwhã. A sílica (dióxido de sílica) forma uma rígida camada em volta da piscina, parecida com a pele do lagarto Tatuara, animal conhecido como “fóssil vivo”.
Tem dicas de restaurantes?
Não deixe de almoçar na Amisfield Winery, em Queenstown, e pedir o “Trust the chef menu”, surpreendente e uma delícia. O chef Vaighan Mabee passou por diversos locais premiados pelo mundo, como o dinamarquês Noma, que ocupou alguns ano de melhor do mundo.
De origem americana, o Egg Benedict é um prato muito popular na Austrália, precisa comer. No café da manhã do Park Hyatt Sydney tem um donut de geleia viciante. E ainda de quebra toma café da manhã apreciando a vista para Opera House e Sydney Harbour.
Um dos melhores restaurantes de Sydney, o Tetsuya’s recria pratos japoneses com técnica francesa e ingredientes mais frescos possíveis. Sua criatividade e precisão, colocou o chef Tetsuya Wakuda entre os mais aclamados da Austrália. Em um menu degustação de 10 pratos, é possível degustar peixes como a truta da Tasmânia, seu prato assinatura, ou o raro Tooth Fish, pescado em águas profundas da Antártica, apenas um mês por ano. Para os foodies de plantão, vale o investimento. Agora, são meses de antecedência para conseguir uma reserva. E vale muito!
Você aprendeu algo interessante sobre a cultura local?
Ambos os países dão uma lição de como podemos conservar nossas belezas naturais. A Austrália tem território com quase a mesma extensão do Brasil, porém um interior bem árido com um imenso deserto. São diversos parques nacionais dentro das grandes cidades, bem planejadas e arborizadas. Não é à toa que das 10 cidades melhores para se viver, quatro são australianas. É exemplar.
O tempo de viagem foi suficiente?
Nunca é. Uma semana é o suficiente para conhecer o Brasil? Não. O mesmo se encaixa na Austrália. Já fiquei um mês lá e tinha muito a se visitar. É um país para voltar outras várias vezes. Já a Nova Zelândia, um dia quero ficar uma temporada só em Queenstown para contemplar e absorver aquela beleza toda. Suas paisagens parecem verdadeiras pinturas.
O clima estava bom para esta época?
A melhor época para visitar Austrália é de abril a setembro, pois chove bastante no verão. Fomos no verão, mas tivemos sorte. Não chegamos a pegar o calor, que pode chegar a 40°C.
Precisou de vacinas especiais? Para algum país você precisou tirar visto?
Para Nova Zelândia não é necessário visto de turista e nenhuma vacina. Mas não pode levar absolutamente nada de alimentos, nem botas que já foram usadas em trilhas. Sim, eles checam isso – olham a sola mesmo. A economia é agrária e dependem disso para sobrevivência, por isso são extremamente exigentes. Já para Austrália, precisa de visto, tire com antecedência, pois o processo é demorado, e também certificado internacional de vacina de febre amarela.
Mudaria alguma coisa no roteiro da viagem?
Não.
O que vai ficar na memória para sempre?
Saltar do primeiro bungy jump comercial do mundo, em Queenstown, capital mundial dos esportes radiciais; skydive (paraquedas) com a vista estonteante dos vulcões e do Lake Taupo, ambos na Nova Zelândia.
O piquenique no topo de um dos picos do Fiordland National Park e escalar a Sydney Harbour Bridge no pôr do sol.
Destino favorito?
Queenstown, Nova Zelândia
Melhor hotel?
Huka Lodge
Melhor restaurante?
Amisfield, de um jovem chef em Queenstown. Ele fica em uma vinícola, que leva o mesmo nome.
Melhor passeio?
De helicóptero para Fiordland National Park, na Nova Zelândia
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